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Em um mar de tantas doutrinas e teologias equivocadas, está cada vez mais difícil pescar algo realmente bíblico... É preciso ir à águas mais profundas...

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Teologia da Substituição: O cerne de muitos males...

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Pensando sobre os desvios doutrinários que permeiam a Igreja do Senhor, cheguei a uma conclusão. O problema da grande maioria das interpretações equivocadas ou descaradamente falsas vem da relação mal resolvida "Israel - Igreja". A Igreja quer tomar posse das promessas que são inerentes à Israel, mas quando o assunto é sobre às maldições por desobediência ou castigo... aí a Igreja não quer tomar posse.
Músicos querem ser Levitas. Pastores querem que somente eles sejam sacerdotes. Apossa-se das profecias exclusivas de Israel e faz-se um culto de adoração ao Senhor nos moldes das tradições judaicas. E por último, e o mais perigoso de tudo é que a Igreja quer ser o "Israel de Deus". Leiamos um comentário que achei na Internet sobre o assunto.

"Não resta mais nenhuma promessa de Deus referente a Canaã. Deus já cumpriu a promessa de dar a terra aos descendentes de Abraão e para deixar o povo voltar após o cativeiro. Quando o povo perdeu a terra pela segunda vez, perdeu todo o seu direito a ela. Em 1948, alguns judeus retornaram, mas este evento não é cumprimento de nenhuma profecia bíblica; é simplesmente um acontecimento político.
As escrituras afirmam nitidamente que não há mais distinção entre judeus e gentios perante o Senhor. "Não há diferença entre judeus e gentios, pois o mesmo Senhor é Senhor de todos e abençoa ricamente todos os que o invocam" (Romanos 10:12; veja Colossenses 3:11). Qualquer promessa possuída pelos judeus hoje aplica-se igualmente aos gentios, porque Deus não mais diferencia os dois em nada. Todos os servos fiéis ao Senhor são contados como Israel hoje. "Não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher; pois todos são um em Cristo Jesus. E, se vocês são de Cristo, são descendência de Abraão e herdeiros segundo a promessa" (Gálatas 3:28-29). O Israel de Deus inclui todos os servos dele independente da sua nacionalidade (Gálatas 6:16; Romanos 4:11-17)"


Mais um problema de intrepretação, de texto fora do contexto. O autor desse artigo esqueceu-se de colocar uma palavra muito importante antes do versículo de Gl 3:28-29:
"Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus."
Pergunto então: Nisto, o quê? Os versículos anteriores, 26 e 27 nos dão a resposta:
26 Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus
27 Porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo.

Somos todos iguais no crer em Jesus, ser batizado e ser revestido dele! Pergunto: Os Judeus foram batizados e revestidos de Cristo? Não! Não somos Judeus e nem eles são Igreja. Deus trata de maneira específica com cada um destes. Claudio, e os Judeus que creem em Cristo como Messias? Logo logo falarei deles...
O embasamento que se usa para o termo "Israel de Deus" pelos que defendem a Teologia da Substituição está em Gálatas 6:16

"E, a todos quantos andarem de conformidade com esta regra, paz e misericórdia sejam sobre eles e sobre o Israel de Deus" (Gl 6.16)." (grifo meu)

A passagem é simples e clara. A primeira parte do versículo 16: "E, a todos quantos andarem de conformidade com esta regra", refere-se à regra recém mencionada por Paulo no versículo 15: "Pois nem a circuncisão é coisa alguma, nem a incircuncisão, mas o ser nova criatura". Esta é uma categoria espiritual que engloba todos os crentes, para os quais Paulo pronuncia uma bênção: "paz e misericórdia sejam sobre eles". A ela segue-se seu comentário adicional: "e sobre o Israel de Deus".

Se a intenção de Paulo fosse identificar "eles" como "o Israel de Deus", então, por que não eliminou simplesmente o "e" ("kai" - em grego) após "eles"? O resultado seria muito mais apropriado, caso Paulo estivesse identificando o pronome "eles", ou seja, a Igreja, com o termo "Israel". Nesse caso, o versículo seria traduzido da seguinte forma: "E, a todos que andarem de conformidade com esta regra, paz e misericórdia sejam sobre eles, o Israel de Deus"... Entretanto, Paulo não eliminou o "kai". (http://www.beth-shalom.com.br/artigos/israeldedeus.html)

Ora bolas!!! Quem é o Israel de Deus então, Claudio?

Gálatas refere-se a gentios que procuravam alcançar a salvação pela lei. Eles estavam sendo enganandos pelos judaizantes – judeus que exigiam a adesão à lei de Moisés. Para estes, um gentio tinha de converter-se primeiro ao judaísmo a fim de ser qualificado para a salvação por meio de Cristo. No versículo 15, Paulo afirma que o importante para a salvação é a fé, que tem como conseqüência o ser nova criatura. A seguir, ele pronuncia uma bênção sobre dois grupos de pessoas que deveriam seguir essa regra da salvação unicamente pela fé. O primeiro grupo, referido na passagem pelo pronome "eles", é o dos cristãos gentios, a quem ele havia dedicado a maior parte da epístola. O segundo grupo é denominado de "o Israel de Deus". Nesse caso, trata-se de cristãos hebreus que, em contraste com os judaizantes, seguiam a regra da salvação unicamente pela fé. Por outro lado, nota-se uma distinção entre os dois grupos, pois apenas os cristãos hebreus são o Israel de Deus. Trata-se de uma questão de posição, que aqui representa uma função definida. (http://www.beth-shalom.com.br/artigos/israeldedeus.html)

Sintetizando meus pensamentos. Se a Teologia da Substituição fosse denunciada a nível macro e seu poder e influência enfraquecidos, até a doutrina da prosperidade perderia seu chão e desmoronaria, assim com a maldição hereditária, assim como a unção com óleo pra um monte de coisas, assim como levitas e sacerdotes-pastores... Enfim, quase todas ou todas pseudo doutrinas que vemos hoje se desfariam se o alicerece delas fosse tirado...
Se assim ocorresse, os cristãos que lessem um pouquinho de bíblia já identificariam os erros propagados por estas. Isso no campo da teoria, porque na prática, a Confissão Positiva e adendos existem - da força e maneira que existem - porque o povo quer uma teologia que agrade o seu coração e desejos carnais e terrenos... Um não existe sem o outro - Teologia da Prosperidade - Povo que deseja o melhor da terra...

Nos dê sabedoria, Senhor, para não sermos enganados...

Aprendendo a cada dia,
Pr Claudio Britto

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